24 de out. de 2008

em um canto qualquer do mundo

Em um canto qualquer do mundo...

em um canto qualquer do mundo
em um lugar que ninguém sabe
onde os homens não tem medo
e a vida mais nada vale

trancado em quarto escuro
aprisionado da luz do mundo
sem que nada possa ver
nem brilho que emana
do sol no alvorecer
ou a luz que vem da lua
onde todos possam ver

trancado no escuro
foi lá trancado por você

no fundo escuro de uma cela
preso no chão por duras correntes
foi trancado sem dó meu coração
sentindo a presença de quem é ausente.

Em um canto qualquer do mundo
sento espero, cansado e mudo
que um dia venha e eu possa ver
tudo o que antes tentei esconder

que no dia em que finalmente vi
olhei até enxergar que não era ali
lugares onde tempos atrás
por pouco tempo morri e vivi

louco que sou, um tempo esperei
o tempo passou, mais louco fiquei
tinha tanto tempo que tempo desperdicei
agora já nem tento tanto sabendo que fracassei.

Em um canto qualquer do mundo
me aproximo, mas logo me afasto
sigo em frente sempre sentindo
que o sentido perdeu o rastro.

Obrigado.

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