Aquele cheiro ocre,
aquele som azedo,
aquelas sombras fétidas.
Tudo era podre,
até a luz da lua
rescendia a morte
Os crânios postos sobre pedras
sorrindo seus sorrisos tortos
pregada à árvore morta
a mão do homem morto.
No chão negro apenas os vermes vivem,
rastejando, comendo a podre carne
do homem, da mulher, do menino,
frios, cinzas e cegos.
Da orbita vazia da velha mulher,
onde dantes olhos azuis jaziam,
agora, buraco negro e virulento
que viu por último para sua sorte
a face negra, velha e triste
do encotro com a senhora morte.
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