7 de mai. de 2008

O Reino de Tarek

Há muito tempo nas terras de tareke as sombras da morte caíram sobre os reinos de prata. quando das festas de casamento dos príncipes katren e farkai todos os Reis e os nobres e os sacerdotes enviaram presentes aos noivos. Mor'al, o líder dos magos de Kirah, invejoso do poder de Reie'l, pai de katren, conseguiu ele também enviar um presente a tarek, os antigos tesouros amaldiçoados da rainha merah.

Entre os presentes enviados por Mor'al estava o anel de Nigel, que corrompe o espírito de seu portador e amaldiçoando todos que vivem ao seu redor.

Junto com os presentes Mor'al enviou também Tao's, seu servo, que se infiltrou entre os convidados e conseguiu trocar o anel da aliança pelo anel maldito, que seria usado por Katren.

Quando Katren colocou o anel seu coração puro foi amaldiçoado e se tornou negro como os poços da morte, e a noite caiu sobre Tarek, por sete dias o sol não brilhou nas terras altas, no oitavo dia chegou o frio vento do sul e com ele o granizo. As plantas morreram e os animais selvagem começaram a atacar as plantações e os rebanhos. O rei chamou todos os sacerdotes do reino e pediu ajuda aos reinos vizinhos mas ninguém soube explicar o que estava acontecendo, nem os sacerdotes e nem os monges, sabiam apenas que havia sido jogada uma maldição terrível sobre Tarek. Os mercadores, quando souberam da maldição pararam de viajar até lá e os poucos que se arriscavam passaram a ser atacados pelo caminho, que antes era seguro, pois a miséria havia atingido os camponeses e esses passaram a roubar e a pilhar para conseguir comida, mas logo ninguém mais se arriscava a ir até lá, e os reinos vizinhos bloquearam as fronteiras para que os salteadores não invadissem seus reinos .

Reie'l orava todos os dias aos céus, mas tudo o que os céus lhe enviavam era mais gelo e tempestades.

Kerei, que sem saber era a causa de todas as desgraças, no entanto, não se importava com nada do que acontecia ao seu redor, e apenas ostentava os tesouros que havia recebido; muitas vezes saia em liteiras pelas ruas e quando algum aldeão tentava lhe falar, pedindo ajuda, ela, que antes ouvia a todos, mandava enxota-lo. Enquanto isso Farkai cumpria suas obrigações de príncipe e tentava ajudar o sogro, mas nada do eles faziam, nem seus sacrifícios nem suas preces, tinham o menor resultado.

Depois de uma estação a praga chegou, primeiro os animais selvagens caiam mortos nos campos e nas montanhas, e alguns caíram nos rios e quando os animais domésticos foram beber água também ficaram doentes, os camponeses sem ter mais com o que se alimentar comeram a carne dos animais doentes e também caíram.

Já não era possível comer os frutos do campo que apodreciam ainda no pé , aqueles que tentavam caiam doentes mal davam a primeira mordida e a água se tornou negra e pestilenta por todo o reino e quem a bebia caia ao lado da fonte. Então começaram as mortes. Primeiro as crianças recem nascidas e logo depois os irmãos mais velhos e os pais tiveram que enterrar seu filhos e logo não tinham mais forças e caiam sobre os túmulos de seus filhos e muitos túmulos ficaram abertos com os corpos dos pais sobre os dos filhos e em pouco tempo não havia quem enterrasse os mortos que caiam por toda a parte.

E a peste atingiu a corte e primeiro os empregados do palácio caiam pelos corredores, e o rei já não saia mais de seu trono e seus sacerdotes ficavam ao seu lado entoando cantigos que não adiantavam nada. Farkai ficava ou lado da porta do quarto de Katren, que era a única que não parecia se importar com o que acontecia ao redor, e nem ser afetada, pois continuava saudável.

Na noite da última lua cheia do quarto mês, Maroo, o mais antigo sacerdote do reino, e o único que ainda estava vivo teve uma visão, ele viu Kerei envolta em um véu negro, com todos caídos ao seu redor e uma lua vermelha no céu. Ele acordou assustado e só então compreendeu o que havia acontecido. Saiu correndo até a sala do rei, rezando para que não fosse tarde de mais, mas lá chegando encontrou o rei morto e Farkai caído aos seu pés, e agora ele era o ultimo homem vivo em todo o reino, mas ele sabia que ainda havia alguém vivo, e se ele ainda tivesse forças talvez fosse possível salvar o reino. Ele foi até o quarto da princesa e bateu a porta, que estava trancado. Lá de dentro a princesa perguntou: __Quem se atreve a me perturbar?__

__Sou Maroo grande princesa, precisamos de sua ajuda, seu pai caiu morto pela peste e é preciso que se façam os ritos dos mortos.__respondeu Maroo. Mas a princesa não lhe deu resposta.

Sentindo que suas forças o estavam abandonando Maroo usou um encanto e destrancou a porta. Lá dentro a princesa estava deitada em seu leito, aparentemente dormindo, ele se aproximou e, murmurando uma prece, segurou a mão direita da princesa. Nesse momento ele abriu os olhos e começou a gritar. Maroo agora tinha certeza, ele havia reconhecido os símbolos gravados no anel e se repreendeu por não ter verificado os presentes dos noivos. Ele avançou para junto da princesa, que correu para a sacada da torre onde ficava seu quarto. Maroo agora fraquejava, mas já sabia o que fazer, ele fez uma ultima prece e se jogou sobre a princesa derrubando-a caindo com ela. durante a queda ele concluiu a prece, assim eles nunca tocaram o chão e o reino inteiro parou, quase para sempre.

Maroo sabia que nunca conseguiria tirar o anel da princesa, então ele fez uma prece aos deuses, que o atenderam, assim o grande reino de Tarek e a cidade de prata foram escondidos do mundo por uma montanha, erguida pelos deuses, e dentro do reino toda a vida ficaria adormecida, e as almas de todos que caíram permaneceriam presas lá, até que alguém viesse de fora e quebrasse a maldição do anel, que continuaria na mão da princesa. Os deuses permitiram que o espírito de Maroo vagasse pelo mundo, procurando por alguém que fosse capaz de libertar seu reino. Fora do reino os povos se esqueceram de tarek e as historias sobre o antigo reino onde os palácios eram de prata e havia fartura por todo o ano, onde todos eram felizes, se tornou uma lenda contada as crianças.

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